quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Conseguiu sair do ciclo da gastança? Agora sim vamos falar como investir esse dinheiro que você poupa – parte 2

     Após conversarmos bastante sobre os aspectos psicológicos do ato de poupar, da importância de se ter um plano de independência financeira e outras coisas, chegamos ao post anterior, onde começamos há conversar sobre o que fazer com o dinheiro que agora estamos poupando.

     Falamos da importância de se escolher uma boa opção de investimento, pois, apesar de não serem esses investimentos o principal fator que te levará a conquistar a sua independência financeira, serão eles que facilitarão a sua caminhada até a chegada dessa conquista.

     Começamos apresentando a vocês algumas formas de investimentos que estaremos conversando em breve. Apresentamos a vocês a caderneta de poupança, os fundos de investimento e os títulos de capitalização.

     Hoje, apresentarei a vocês outras três opções de renda fixa que, já lhes antecipo, são opções que considero bem melhores que as apresentadas no post anterior, mas o porquê delas serem melhores, em minha opinião, serão assuntos de nossos próximos posts, quando vocês mesmo poderão decidir por si só se realmente são melhores opções ou não.

     Pois então, as três formas de investimento que apresento-lhes hoje são os CDB´s, os títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto e os Debêntures.

     Como vocês podem notar, essas três formas de investimento são similares, com relação ao fato de ambas serem títulos emitidos pelas empresas, bancos ou governo, para a captação de recursos.


CDB´s

     Das três formas apresentadas, acredito ser a mais popular (conhecida) e provavelmente a mais utilizada por alguns investidores que possuem um pouco mais de conhecimento financeiro, mas basicamente, por aqueles que possuem um pouco mais de capital.

     CDB significa Certificado de Depósito Bancário. Esses certificados de depósitos bancários são títulos nominativos emitidos pelos bancos e vendidos ao público como forma de captação de recursos.

     Os principais modalidades de CDB´s são os pré-fixado, pós-fixado e com Swap. Não se preocupe, pois iremos tratar cada um desses tipos quando falarmos mais sobre os CDB´s.

     Como você pode perceber, os CDB´s nada mais são que uma dívida emitida pelo banco para captar recursos, ou seja, não recomendo fazer investimentos em CDB´s em bancos que não sejam confiáveis, pois sempre pode haver o risco do banco quebrar.

     Apesar de ser uma forma muito boa de investimento, a verdade é que as boas taxas de CDB´s são normalmente encontradas em bancos menores, onde o risco obviamente é maior, ou então, para aqueles que possuem grandes capitais.

     Fique tranqüilo, pois ainda iremos falar bastante sobre os CDB´s.


Títulos Públicos – Tesouro Direto

     Esse, em minha opinião, é a melhor forma de investimento em renda fixa existente no Brasil.

     Assim como os CDB´s, os Títulos Públicos são ativos de renda fixa emitidos pelo governo para captar recursos para o financiamento da dívida pública, bem como para financiar atividades do Governo Federal, como educação, saúde e infra-estrutura.

     Coloquei acima, após o nome de títulos públicos, a informação de Tesouro Direto, pois esta é a ferramenta disponibilizada pelo governo para que nós, pequenos investidores, e é claro os grandes também, possam comprar, ou vender, diretamente do governo esses títulos.

     Antigamente isso não era possível, e esses títulos só nos eram acessíveis através dos fundos de investimento oferecidos pelos bancos. Na verdade, é isso que os fundos continuam a fazer até hoje em sua maioria, compram títulos públicos. É por esse motivo que não gosto de fundos de renda fixa, pois você paga ao banco para ele te fazer algo que você mesmo poderia fazer.

     Outras duas grandes vantagens, em minha opinião, com relação aos CDB´s é que os títulos públicos são emitidos pelo governo, ou seja, a garantia dos mesmos é o governo, e quem você acha que é mais confiável contra quebra, o governo ou um banco? A segunda vantagem é que um cliente com um capital, a partir de cerca de R$200,00, tem acesso aos mesmos títulos que um grande investidor com milhões teria. Isso no CDB não é possível.

     Não perca nossos próximos posts e venha conhecer tudo que o Tesouro Direto oferece a nós, e saiba como mudar seus investimentos em Renda Fixa para melhor.


Debêntures

     Assim como os CDB´s e os Títulos Públicos, uma debênture também é um título emitido com a finalidade de captar recursos. A diferença é que as debêntures são títulos emitidos por sociedades anônimas, representativas de empréstimos contraídos pelas mesmas, cada título dando, ao debenturista, idênticos direitos de crédito contra as sociedades, estabelecidos na escritura de emissão.

     Ou seja, as debêntures nada mais são que títulos de dívidas emitidas pelas empresas para a captação de recursos.

     Quando a empresa lança uma debênture no mercado, é informado no prospecto da oferta qual a taxa de juros que será paga e qual o prazo para o vencimento da mesma. Esses valores podem ser pré-fixados, ou então, atrelados a algum índice, como por exemplo, a SELIC ou o CDI.

     Esse tipo de investimento oferece, muitas vezes, taxas de juros bem atraentes, porém, como já dissemos no nosso post Sempre desconfie de investimentos maravilhosos, não existe milagre, nem mágica, se a empresa oferece taxas maiores é porque seu risco é maior, ou seja, deve-se tratar de uma empresa menor, onde uma possível quebra fosse mais fácil do que em empresas maiores. Mas isso é sempre questão de avaliar o risco/retorno e ver se essa relação está valendo a pena.

     Resumindo, as debêntures podem ser uma ótima forma de investimento, porém, devem ser verificadas bem as condições da empresa que as está lançando. Mas fique tranqüilo, pois ainda falaremos bastante sobre debêntures, não perca!

     Não deixe de nos acompanhar, no próximo post apresentaremos mais algumas formas de investir suas economias.

     Já se cadastraram no site? Ainda não? Pois então não perca mais tempo, acesse agora nossa página Cadastre-se, faça seu cadasto e concorra a um dos dois exemplares do livro Á Árvore do Dinheiro que estaremos sorteando.

     Espero que estejam gostando, e principalmente, colocando em prática todas as dicas e informações que estamos colocando aqui no site. Vamos continuar pavimentando nossa estrada rumo a nossa independência financeira e ao nosso Sucesso Financeiro Pessoal.

     Abraços e até a próxima.

Escrito por José Messias Ruggieri
Editado e revisado por Karla C. R. Ruggieri



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6 comentários:

  1. Muito bom o seu artigo!

    De todas as opções destacas considero o Tesouro Direto a melhor aplicação em renda fixa.

    Abcs,

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  2. Olá,

    Obrigado pela participação. Também não tenho a menor dúvida que o Tesouro Direto é a melhor opção de investimentos em Renda fixa que temos no Brasil.

    Porém infelismente ainda é um dos menos utilizados pela população.

    Estarei falando bastante ainda sobre o Tesouro Direto em outros artigos em breve.

    Abraços e volte sempre.

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  3. Fala José blz?!

    Quando vc cita:

    'É por esse motivo que não gosto de títulos de renda fixa, pois você paga ao banco para ele te fazer algo que você mesmo poderia fazer.'

    Eu fiquei em duvida, para operar no TD é necessário uma corretora?

    Caso precise elas cobram taxas de administração/ custódia entre outros certo?

    Bom no final das contas os gastos com o banco e com uma corretora não da no mesmo?

    Ancioso pelo post sobre TD e outros Invest.



    Valeu José!

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  4. Só uma sugestão, não precisa aceitar este comentário.

    Ae José, se puder colocar fatores de risco de cada investimento e a rentabilidade média de cada uma, se é que da pra tirar uma média delas seria ótimo. valeu

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  5. E aí Michel,

    Tudo beleza! Obrigado pelo comentário.

    Na verdade havia um erro em meu texto que poderia causar uma confusão e por isso já corrigi. O que quis dizer é que por esse motivo não gosto de "fundos" de renda fixa.

    Pois bem a comparação aqui nesse ponto do texto seria apenas entre fundos de renda fixa, que eu disse não gostar, e os títulos do TD.

    Com relação aos fundos pelo que pude pesquisar os bancos cobram a partir de 0,5%a.a de taxa de administração, mas isso para fundos onde o investimento inicial é normalmente superior a R$100.000,00. Mas o normal mesmo é acima de 1%, chegando até absurdos 4%.

    Como você vai poder ver quando fomos falar mais sobre o TD, hoje existem corretoras que não cobram nenhuma taxa para se investir no TD atráves delas. Se você optar por investir através de uma dessas, por exemplo, no momento da compra do título, é cobrada uma taxa de negociação de 0,10% sobre o valor da operação. Hverá também uma taxa de custódia da BM&FBOVESPA de 0,30% ao ano sobre o valor dos títulos.

    Ou seja, em um caso desses você teria um taxa máxima de 0,4% a.a. Acredite em mim, não existe nem comparação. Mas fique tranquilo pois quando chegarmos no momento de conversar mais sobre o TD você poderá tirar suas próprias conclusões.

    Grande abraço

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  6. Oi Michel,

    Com relação a seu outro comentário espero poder tratar tanto dos riscos quanto poder apresentar também um média de rentabilidade dos tipos de investimentos.

    Porém isso tudo quando estivermos tratando sobre os investimentos individualmente.

    Grande abraço

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