Foi noticiada em 09/08/2010, em praticamente todas as mídias do Brasil, que a partir desse ano, será ensinado nas escolas Brasileiras educação financeira.
Gostaria de já ter comentado essa noticia antes, porém, preferi não perder a sequência de posts que estávamos tratando.
Inicialmente, trata-se apenas de um projeto piloto do governo com as escolas públicas do país, em 2010 e 2011 o projeto envolverá 15 mil estudantes do ensino médio e já no ano que vem o teste chegará ao ensino fundamental. O projeto será implantado em 450 escolas de seis estados Brasileiros que são Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Tocantins e Distrito Federal.
Na minha opinião, esta é uma das melhores notícias a respeito de educação que o Brasil tem ao longo de muitos anos.
É claro que ainda falta muito para chegarmos a um nível aceitável com relação ao ensino de educação financeira nas escolas do Brasil, porém já é um começo.
O ensino da educação financeira nas escolas fará com que possamos desenvolver uma nova geração muito mais preparada para cuidar, administrar e investir o nosso dinheiro. Isso pode significar o nascimento de uma geração muito mais preparada para levar o Brasil, quem sabe, a um patamar de país de 1º mundo.
Como já foi dito nos posts anteriores, infelizmente atualmente nossos jovens saem das escolas sem a menor noção de como funcionam os juros (a favor e contra), do que é um financiamento ou um empréstimo e de que forma funcionam. Não sabem, ao menos, a noção das opções de investimentos existentes.
Na verdade, o que formamos hoje são jovens ávidos por comprar, comprar e comprar, não sabem o valor do dinheiro e o poder de enriquecimento que tem em suas mãos devido ao fato de terem o tempo a seu favor. Mas nada disso importa pois não conhecem a força de multiplicação dos juros compostos.
Como vimos no post "Independência financeira - Veja como é mais fácil do que parece!", alcançar a independência financeira não é tão difícil assim, mas para quem é jovem e está, por exemplo, começando agora a trabalhar, é ainda mais fácil.
Como diz a matéria, no Brasil, a matemática financeira e os juros compostos só são ensinados na universidade, apesar de o conteúdo ser mais simples do que aspectos da álgebra e da trigonometria, que estão no currículo do ensino médio.
Ainda de acordo com o noticia no mundo, mais de 60 países possuem em seu currículo escolar a educação financeira. Veja o quanto o Brasil está atrás dessas nações!
Caso tenha interesse, clique nesse Link e veja a matéria por completo.
Como já disse no primeiro post do site "O sonho da independência financeira", infelizmente também não tive a oportunidade de sair da escola com os conhecimentos de finanças pessoais que gostaria. Veja só alguns exemplos de onde eu poderia ter me beneficiado, em 1998 quando comecei a trabalhar, caso soubesse ao menos um pouco do que sei hoje sobre o mercado de ações.
1º exemplo: compra de ações PETR4 (Petrobrás)
Em 1998, uma ação de PETR4 custava cerca de R$1,00 (comparada a valores de hoje). Hoje está custando cerca de R$26,00, mas em 2008, antes da crise, chegou a custar cerca de R$50,00, veja como ficaria a situação, de maneira simplória, supondo que tivesse investido, em 1998, R$10.000,00 em ações PETR4:
- 1998 – R$10.000,00 em ações PETR4
- 2008 – R$500.000,00 em ações PETR4
- 2010 – R$260.000,00 em ações PETR4
Nada mal não é? Para um investimento inicial de R$10.000,00 eu teria feito R$500.000,00.
2º exemplo: compra de ações VALE5 (Vale do Rio Doce)
Em 1998, uma ação de VALE5 também custava cerca de R$1,00 (comparada a valores de hoje). Hoje está custando cerca de R$41,00, mas em 2008, antes da crise, chegou a custar cerca de R$56,00, veja como ficaria a situação, de maneira simplória, supondo que tivesse investido, em 1998, R$10.000,00 em ações VALE5:
- 1998 – R$10.000,00 em ações VALE5
- 2008 – R$560.000,00 em ações VALE5
- 2010 – R$410.000,00 em ações VALE5
Ainda melhor que PETR4, e estamos falando de um investimento inicial não tão grande, e pior ainda, de um investimento inicial e mais nada. Provavelmente, com conhecimento eu investiria ainda mais durante esses 10 anos.
- 3º exemplo: compra de ações CSNA3 (Companhia Siderúrgica Nacional)
Em 1998, uma ação de CSNA3 custava ainda menos cerca de R$0,30 (comparada a valores de hoje). Hoje está custando cerca de R$27,30, mas em 2008, antes da crise, chegou a custar cerca de R$38,00, veja como ficaria a situação, de maneira simplória, supondo que tivesse investido, em 1998, R$10.000,00 em ações CSNA3:
- 1998 – R$10.000,00 em ações CSNA3
- 2008 – R$1.266.000,00 em ações CSNA3
- 2010 – R$910.000,00 em ações CSNA3
Imagine que beleza, teríamos transformado um investimento de R$10.000,00 em cerca de 1 milhão e duzentos mil reais em 10 anos. Fantástico!
Ressalto que apesar de estar fazendo simulações com empresas e valores reais, não estou sugerindo nem aconselhando a compra ou a venda de nenhuma dessas ações. Não se esqueçam que se trata de um mercado de renda variável e rendimentos passados não são garantias de rendimentos futuros.
Somente quis ilustrar algo que poderia ter acontecido comigo se, ao começar a trabalhar, já tivesse conhecimento sobre finanças pessoais e mercado de ações. Porém, acredito que nunca é tarde, e por isso, já há algum tempo me dediquei a estudar e a melhorar meus investimentos.
Por isso, acredito que a educação financeira nas escolas do Brasil pode formar pessoas capazes de melhorar a economia desse país, evitando que se tornem escravos do sistema que nos impõe o consumo desenfreado.
Assim convido você a continuar participando do site, pois assim como eu acredite que nunca é tarde para aprender e para melhorar. Vamos juntos em busca de nosso Sucesso Financeiro Pessoal.
Continue votando em nossa enquete, ela é muito importante para entendermos em que situação financeira vocês se encontram no momento.
Devido ao feriado dos dias 7 e 8 de Setembro aqui em Curitiba, o próximo post será publicado somente na quinta-feira dia 9 de Setembro. Não deixem de conferir, estaremos falando a respeito do juros compostos.
Obrigado e até a próxima,
Escrito por José Messias Ruggieri
Editado e revisado por Karla C. R. Ruggieri
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