Conseguiu sair do ciclo da gastança? Agora sim, vamos falar como investir esse dinheiro que você poupa – parte 3

     Há dois posts, começamos a falar sobre como iremos investir esse dinheiro que agora estamos poupando. Como já dissemos, nos dois posts anteriores, após conversarmos bastante a respeito da importância de se planejar o futuro e de ter um plano de independência financeira, passando a ter consciência dos gastos, chegou a hora de tratarmos sobre os investimentos.

     Nessa sequência de posts, estamos apenas apresentando a vocês as diversas opções de investimentos (ao menos aquelas que eu conheço) que temos a nossa disposição aqui no Brasil.

     Até agora já apresentamos no post "Conseguiu sair do ciclo da gastança? Agora sim vamos falar como investir esse dinheiro que você poupa" a caderneta de poupança, os fundos de investimento e os títulos de capitalização, e no post "Conseguiu sair do ciclo da gastança? Agora sim vamos falar como investir esse dinheiro que você poupa - parte 2" apresentamos os CDB´s, os títulos públicos negociados via  Tesouro Direto e as Debêntures.

     Hoje, estaremos apresentando a vocês os investimentos em renda variável. Particularmente, gosto muito de investimentos em renda variável. Inclusive, acho que todos deveriam ter um pouco de suas economias aplicadas em RV (renda variável). Vamos apresentar, então, os fundos de investimento em renda variável, os clubes de investimento e o investimento direto em ações.

Fundos de investimento

     Como já dissemos no post "Conseguiu sair do ciclo da gastança? Agora sim vamos falar como investir esse dinheiro que você poupa", um fundo de investimento é como um condomínio que reúne os recursos de um conjunto de investidores de forma a conseguir acesso a melhores formas de investimentos que, a princípio, seria inacessível a esses investidores individualmente.

     No caso dos fundos de investimento, existem diversos fundos de investimento em renda variável disponíveis nos bancos. Existem fundos que investem em ações de determinado setor, como, por exemplo, energia, telecomunicações, siderurgia, entre outros. Existem ainda os fundos que buscam resultados similares a índices como o Ibovespa, IBX, entre outros. Também existem fundos que investem basicamente em ações de uma única empresa, como, por exemplo, os fundos de ações Petrobras e Vale.

     A “vantagem” dos fundos de investimento é que você pode adquirir, por exemplo, um fundo que se baseia no Ibovespa, e que, portanto, investe em várias ações, e assim, conseguir simular uma carteira bastante diversificada.

     Fundos de ações como os da Petrobras e Vale, que investem primordialmente em ações somente dessas empresas, sinceramente, não vejo nenhum bom motivo para você investir neles.

     A grande desvantagem dos fundos de ações, assim como de qualquer fundo de investimento, é a cobrança de taxas de administração para fazer algo (compra de ações) que você mesmo pode fazer.

     Não se preocupe, falarei bastante sobre os fundos de investimento em ações. Não perca e fique sabendo o funcionamento, as vantagens e desvantagens dessa modalidade de investimento.

Clubes de investimento

     Os clubes de investimento estão entre as principais maneiras de o iniciante começar a investir em ações, pois, permite um início com menores valores e, talvez, com um menor conhecimento.

     Popularmente dizendo, os clubes de investimento são como uma “vaquinha”, um grupo de pessoas que se reúne com um objetivo comum, o de investir na bolsa.

     Coloquei os clubes de investimento nesse post onde estamos falando sobre renda variável, pois, os clubes devem investir no mínimo 51% de seu capital em renda variável.

     Quando você torna-se membro de um clube de investimento, passa a deter certo número de cotas. A soma dessas cotas é o patrimônio desse clube de investimento.

     Para formar um, é necessário um mínimo de 3 pessoas e um máximo de 150 participantes, exceção ao caso de empresas e associações, onde esse número pode ser maior.

     Um clube precisa possuir uma administradora que pode ser uma corretora ou um banco.

     Na realidade, eles funcionam de uma forma similar a um fundo de investimento, porém, pode ser criado e gerenciado por você junto a um grupo de amigos ou familiares. O gestor define, em conjunto com os membros, em quais ações irão investir, utilizando o capital desses membros que recebem cotas mediante a sua participação no clube.

     Imagine uma situação onde você e alguns amigos têm o interesse de investir na bolsa, mas não possuem muito dinheiro nem conhecimento. Porém, apesar dessas condições, possuem o mais importante, vontade de aprender. Nesse caso, um clube de investimento pode ser uma boa alternativa.

     Os clubes possuem normas e regras bem definidas de funcionamento e tributação, porém, isso é assunto para ser tratado quando estivermos falando sobre os mesmos individualmente.

Ações

     O investimento direto em ações é o meu preferido. Não quer dizer que seja o melhor, pois, o que é melhor para mim pode ser diferente para você. É você quem deverá definir qual a melhor forma de investimento para sua necessidade e perfil.

     Você pode comprar ações através de seu próprio banco, para isso, normalmente precisa preencher um contrato para que lhe seja liberado o acesso a área de negocioação de ações de seu banco. Ou então, você pode abrir uma conta em uma corretora e negociar suas ações através dela.

     A principal diferença com relação a compra direta de ações, é que aqui não existe o pagamente de taxas de administração, o dividendo pago pela empresa cai direto em sua conta (do banco ou da corretora) e pode ser reinvestido em novas ações, ou então, sacado, e também, o fato do pagamento de imposto de renda (15% do lucro) ocorrer somente quando as vendas de ações com lucro for maior que R$20.000,00 no mês.

     Ou seja, comprando ações diretamente, você só irá pagar imposto sobre os ganhos, somente se vender mais que R$20.000,00 em ações no mês, e claro, desde que tenha tido lucro nessas ações. Se você tiver um fundo de investimento, quando for sacar R$1,00 que seja desse fundo, se estiver em uma situação de lucro, terá que pagar IR sobre esse R$1,00 sacado. Ou seja, não existe isenção de IR, caso tenha lucro, sempre terá que pagar imposto.

     Não vou me alongar mais, pois realmente sobre esse apaixonante mundo das ações existe muito a ser conversado. Por isso, não deixe de continuar acompanhando nosso site, venha aprender um pouco sobre esse fascinante mercado para, quem sabe, começar a comprar e construir sua própria carteira.

     No próximo post continuaremos a apresentar mais algumas formas de investimentos

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     Abraços e até a próxima.

Escrito por José Messias Ruggieri

Editado e revisado por Karla C. R. Ruggieri

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